1ª Conferência Municipal da Cidade debate demandas estruturais de Vera
- 17/06/2025 21:34
- Redação/Assessoria
A demissão de Fábio Wajngarten – advogado e marqueteiro de Jair Bolsonaro (PL) – do Partido Liberal (PL) foi um pedido expresso da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e é um efeito colateral das divisões na direita sobre a disputa de 2026.
O pedido foi feito após a divulgação de conversa de WhatsApp em que Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, ironiza a possibilidade de Michelle ser candidata em 2026.
Wajngarten respondeu a Cid dizendo que não apoiava Michelle e que achava que os filhos do ex-presidente também não aprovavam o nome dela para uma disputa presidencial.
As mensagens foram reveladas inicialmente pelo UOL e obtidas também pelo blog. Leia aqui a troca de mensagens.
O episódio mostra que o racha na direita sobre quem herdará os votos de Jair Bolsonaro (PL) em 2026 e a tentativa de construção de Michelle como um nome viável como candidata a qualquer cargo eletivo vêm desde antes do ex-presidente ser tornado inelegível.
As conversas em questão ocorreram em janeiro de 2023. Bolsonaro foi tornado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em junho daquele ano.
Nesta quarta-feira (21), Melafaia saiu em defesa de Waingarten. "Você tem minha solidariedade. Não gosto e ver covardia e gente que não tem memória de coisas boas. Estão sempre prontas para apontar falhas, nunca acertos", afirmou em uma rede social.
Na troca de mensagens com Cid, Wajngarten chegou a cogitar o pastor como candidato ao Planalto. "Vou meter o Malafaia. Pode escrever", disse o marqueteiro. Para derrotar o PT, Lula, esquerda precisaremos de um grande nome e de fora", continuou.
A ex-primeira dama Michelle Bolsonaro, em evento no Palácio do Planalto em 03/03/2022. — Foto: Isac Nóbrega/PR
Há, ainda, a divisão na própria família do ex-presidente. No começo de 2025, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o mais pragmático dos filhos, indicou nos bastidores que prefere Michelle a alguém de fora na disputa pela presidência, caso ela se mostre viável. Mas essa hipótese não é cogitada por outros filhos do ex-presidente.